A segunda parte do terceiro dia da Semana de Evolução de Futebol da CBF foi reservada para o Futebol Feminino. Na tarde desta quarta-feira (10), as perspectivas da modalidade foram debatidas por Emily Lima, técnica da Seleção Brasileira Feminina, Sue Ronan, head de futebol feminino e ex-técnica da Federação Irlandesa de Futebol, e Emily Shaw, head de governança e liderança de futebol feminino da FIFA. No fim, as três palestrantes juntaram-se a Lorena Soto, Gerente de Desenvolvimento Futebol Feminino da CONMEBOL, para discutir iniciativas que possam desenvolver ainda mais a evolução da prática do esporte mais popular do mundo por mulheres.
Emily Lima: renovação da categoria
A técnica da Seleção Feminina Principal não falou apenas do grupo profissional, mas de todas as categorias. Emily Lima explicou as particularidades das atletas de acordo com a idade e falou sobre o processo de renovação.
- Cada um vai ter seu jeito, estilo, atletas diferentes. Não teremos as mesmas características em todas as Seleções. Mas dentro de um modelo de jogo, tentar chegar o máximo possível perto do que a gente acredita. É isso que a gente espera na renovação - destacou.
Emily Shaw: a modalidade no Brasil
A head de governança e liderança de futebol feminino da FIFA levou ao debate as formas que podem ser feitas para despertar o interesse em meninas a jogar futebol. Representando a Entidade máxima do futebol mundial, Emily Shaw destacou o trabalho bem feito no Brasil.
– Gostaria de reconhecer o fato de que o Brasil pode ter muito orgulho do que atingiu no futebol feminino. Podem ter muito orgulho da Emily Lima, primeira técnica da Seleção Feminina, e da Marta que é uma lenda da modalidade – afirmou.
Sue Ronan: importância de uma liga forte
A head de futebol feminino da Federação Irlandesa de Futebol falou sobre o processo de formação da Ladies Football Association of Ireland (LFAI) e mostrou como vem sendo a evolução da modalidade no país. Sue Ronan lembrou que em 2005, eram 10.500 jogadoras registradas, mas o país ainda não tinha uma liga nacional, nem um programa de categorias de base. E foi a partir dali que houve uma virada na economia local, com investimento das empresas agrícolas, que ajudou na modalidade.
– Fizemos um plano de cinco anos, de 2006 a 2010, com todo planejamento e consultoria. Nosso objetivo é cobrir todos os elementos do jogo, aumentar nossos números e melhorar nossos padrões, principalmente na base. Queríamos que as meninas mais jovens começassem a aderir. Isso era o elemento chave para melhorar a padronização – explicou.
Roda de conversas
Para encerrar o evento, as três palestrantes juntaram-se a Lorena Soto para compartilhar experiências. Emily Lima, Sue Ronan e Emily Shaw destacaram as peculiaridades do esporte em seus respectivos universos e buscaram iniciativas que possam ajudar no crescimento do Futebol Feminino.
Assessoria CBF
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