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Foco na vitória e nos estudos

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A maioria das 336 garotas que participam da Copa do Mundo Feminina Sub-17 da FIFA Costa Rica 2014 ainda não terminou a escola e, como a competição está sendo disputada no meio do ano letivo, algumas equipes tomaram medidas especiais para garantir que as jogadoras não fiquem para trás em relação aos outros estudantes.
Em conversa com o FIFA.com, a técnica do Paraguai revelou que as atletas têm feito os deveres de casa na Costa Rica, enviando os trabalhos para as escolas eletronicamente. Já a seleção alemã foi ainda mais longe nesse aspecto, contratando duas professoras para acompanhar o plantel durante o Mundial.
Sarah Reinl e Sinja Melchinger são as responsáveis por ajudar as meninas da Alemanha com os trabalhos escolares em solo costa-riquenho. Com exceção dos dias de jogo, elas supervisionam diariamente períodos de estudo com 60 minutos de duração, para que as jovens atletas possam se concentrar no conteúdo determinado pelos professores dos colégios de origem.
"As jogadoras consultam os professores antes de cada torneio ou concentração e eles repassam os detalhes dos assuntos que serão vistos durante a sua ausência da escola, e fazemos com que isso seja o foco dos estudos delas", explicou Reinl ao FIFA.com. Nos encontros, as atletas completam as lições com o apoio das duas professoras, que respondem às suas eventuais dúvidas.
"Não é uma aula no sentido tradicional", comentou Melchinger. "As jogadoras vêm de diversos estados da Alemanha e frequentam escolas diferentes, portanto isso não seria possível." As matérias são as mesmas que as garotas veriam em casa, mas elas têm a liberdade de estudar o material na ordem que quiserem.
Além dos períodos de estudo, as jovens também prestam exames no hotel da seleção. Sempre que possível, as provas são aplicadas em horário semelhante ao dos colegas de classe na Alemanha. Trata-se de um processo baseado na confiança, jáque as escolas precisam confiar nas jogadoras e nas professores da Federação Alemã de Futebol. "Claro que a diferença de fuso horário pode ser problemática, então depende dos professores decidir se elas serão autorizadas a fazer os exames aqui", ponderou Melchinger. "Alguns professores determinam uma tarefa extra, enquanto outros simplesmente acreditam que as meninas não vão colaborar com os outros alunos, portanto ganhariam uma vantagem injusta."
Uma bem-vinda distraçãoO selecionado germânico não teve vida fácil na Costa Rica até o momento. No jogo de estreia, contra o Canadá, a equipe sofreu dois gols antes de arrancar o empate. Em seguida, caiu pelo placar mínimo diante de Gana, embora tenha tido várias chances de balançar as redes. Contudo, as comandadas da treinadora Anouschka Bernhard ainda podem se classificar para as quartas de final caso vençam a Coreia do Norte na última rodada e se as canadenses não passarem pelas africanas, que lideram a chave.
Conciliar estudos e Copa do Mundo não é tão complicado quanto pode parecer à primeira vista. De fato, as jogadoras apreciam a possibilidade de manter as lições em dia enquanto participam da competição, conforme a meio-campista Saskia Matheis confirmou em entrevista ao FIFA.com. "É fantástico termos a oportunidade de estudar aqui", disse ela. "É difícil, mas é ótimo podermos combinar a escola com o futebol."
Um mês afastada das atividades escolares forçaria Matheis a correr atrás do prejuízo na volta àAlemanha, estudando todo o conteúdo perdido e prestando todos os exames em um curto espaço de tempo. Portanto, não surpreende que ela esteja satisfeita com a cooperação entre estabelecimentos de ensino e federação. "Os diretores da minha escola apoiam o meu futebol integralmente, contanto que as minhas notas sejam boas", apontou a meio-campista. "E os professores não têm problema com isso, também. É sensacional."
Ademais, o tempo dedicado às tarefas escolares representa uma bem-vinda distração, ajudando as atletas a manterem a cabeça fria. Fora que o prospecto de precisar recuperar todas as matérias após o torneio pode significar ainda mais pressão para as jogadoras. Mesmo assim, Matheis não tem a menor intenção de trocar os estudos no hotel por uma sala de aula na Alemanha após a partida contra as norte-coreanas. "Temos um plano e vamos ver o que acontece, mas estamos otimistas", garantiu ela. 
Fifa.com
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