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Silvia Neid: "Gosto do papel de favorita"

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Em janeiro, Silvia Neid foi eleita a Treinadora do Ano de Futebol Feminino da FIFA pela segunda vez. Depois de ser agraciada com o prêmio em 2010, ela repetiu a façanha em 2013, recebendo o devido reconhecimento pelo seu excepcional desempenho como técnica da seleção alemã feminina. Desde 2005 que a ex-jogadora está comandando as garotas alemãs, conquistando pelo seu país a Copa do Mundo Feminina da FIFA e duas Eurocopas, além de uma medalha de bronze olímpica e dois títulos da Copa Algarve.

"O mais importante é ter uma equipe funcional", afirmou Neid, contando a sua receita para o sucesso. "Uma única pessoa como eu não pode fazer nada. Para isso é preciso ter uma boa comissão técnica, que trabalhe bem e seja leal. Obviamente também precisamos de jogadoras que coloquem em prática o que planejamos. Além disso, é extremamente importante ter uma boa estrutura e é isso o que temos na Federação Alemã de Futebol. O nosso campeonato nacional não é um dos melhores do mundo por acaso."

"Além disso, temos ainda as nossas seleções juvenis, que são muito bem comandadas pelas nossas treinadoras, que aliás também foram jogadoras da seleção alemã", prosseguiu Neid. "Também é importante seguir a mesma linha de pensamento, que existe desde as seleções de base até a principal. Esta foi a nossa felicidade depois que tivemos tanto azar com contusões antes da Eurocopa. Viajamos para o torneio continental com jogadoras muito jovens e cada jogadora sabia o que era exigido da sua posição. E por fim também precisamos de uma certa dose de sorte. Porque sem isso não é possível conquistar título nenhum."

Foi justamente esta conhecida dose de sorte e uma Nadine Angerer no melhor da sua forma que garantiram o oitavo triunfo alemão em Eurocopas. A final contra a Noruega não poderia ter sido mais emocionante. Dois pênaltis defendidos pela Jogadora do Ano da FIFA fizeram com que o coração da treinadora disparasse claramente.

"A final foi uma montanha-russa das emoções", relembrou a técnica de 49 anos sobre os primeiros 45 minutos da decisão. "O pênalti foi marcado e eu pensei: 'Será que foi pênalti mesmo? Natze [apelido da goleira Nadine Angerer], você precisa defender essa bola.' E foi isso que ela fez. Até então, estávamos muito bem no jogo, os primeiros 20 minutos foram nossos. A penalidade nos tirou um pouco do ritmo. Foi perceptível que as jogadoras, apesar da defesa, ficaram um pouco inseguras. Foi bom que depois veio o intervalo e pudemos discutir alguns aspectos táticos."

"Depois do reinício da partida, lá estava a Noruega de novo", continuou Neid. "Mas o nosso gol saiu no momento certo. Então foi marcado mais um pênalti. A única coisa que pensei nessa hora foi: 'Natze, faça isso de novo!' Mas na realidade não é normal que se defenda dois pênaltis justamente em uma final. Depois ficou claro para mim que seria muito difícil para a Noruega marcar um gol em nós naquele dia. A Nadine estava simplesmente impossível. No final, o gol que marcamos foi suficiente e ficamos incrivelmente felizes e orgulhosas."

Favoritismo no Canadá
Em seguida, as alemãs utilizaram o triunfo na Eurocopa como estímulo nas eliminatórias para a Copa do Mundo Feminina da FIFA Canadá 2015. No Grupo 1, a equipe de Neid segue imbatível. Cinco vitórias em cinco jogos e um saldo de 40 gols marcados e nenhum sofrido são um retrospecto impressionante. A Alemanha é a líder indiscutível da chave e a classificação está praticamente garantida. Mas Neid não sente que as expectativas estejam crescendo porque, para ela, a antecipação está sempre presente.

"Quando treinamos uma seleção alemã feminina, as expectativas sempre estão bem lá em cima", explicou Neid. "A Alemanha está sempre entre as favoritas. É simples assim. Mas também fomos nós que provocamos essas expectativas com muito trabalho e com os nossas conquistas de duas Copas do Mundo, uma Eurocopa e três medalhas de bronze nas Olimpíadas. Visto desta forma, gosto muito do papel de favorito."

Mas, até o Canadá 2015, a treinadora está pensando em outras duas competições ainda em 2014. Primeiro, haverá a Copa Algarve entre os dias 5 e 12 de março, quando as garotas alemãs enfrentarão China, Islândia e Noruega. Depois disso, a treinadora alemã também está ansiosa para acompanhar a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, ainda que seja um torneio de futebol masculino.

"Será um evento fantástico", comentou Neid. "Acredito que a nossa seleção masculina tenha boas chances de chegar muito longe. Estou torcendo para isso e esperando que o meu colega Joachim Löw consiga chegar à final. E, então, tudo será possível." 

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