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Foto: Ricardo Moura |
Uma notícia extremamente triste ganhou as redes de relacionamento virtual no início da noite desta terça-feira (28), em foco o Campeonato Gaúcho Feminino de Futebol 2017, competição organizada pela Associação Gaúcha de Futebol Feminino com o apoio da Federação Gaúcha de Futebol que reconhece o evento.
Depois de muitas rodadas de boa movimentação em estádios do Rio Grande do Sul, muitos gols, chances para que novas atletas surjam, uma boa impressão que no fez acreditar que a luta contra a discriminação superava mais um obstáculo e fortalecia a modalidade.
A fase final da competição começa a ser marcada por fatores extra-campo , antes de acontecer o jogo entre Grêmio e Internacional, marcado para o dia 3 de dezembro ganha destaque pelo pedido feito pelo Internacional e que a Associação aceitou de pronto e partiu rumo as providências.
A solicitação da equipe do Internacional para que arbitragem masculina comandasse o espetáculo surpreende pela contrariedade ao discurso de apoio e construção da modalidade, modalidade que precisa de arbitras, quanto mais, melhor, qualificadas e com experiência.
O pedido do Internacional era direcionado para que Anderson Daronco apitasse a final da competição, o problema foi que para ter Daronco alguns milhares de reais seriam necessários, bem diferentes dos R$ 180,00 que as arbitras recebiam, R$ 90,00 reais para as assistentes.
A solicitação era de arbitragem a nível de FIFA, CBF, até Jean Pierre foi citado como uma das alternativas, mas o custo também foi considerado alto. Os valores são informados pelo Sindicato dos Árbitros, a entidade fornece os árbitros para a Associação Gaúcha.
Com os valores altos a alternativa foi de levar árbitros do quadro “Básico” da Federação Gaúcha de Futebol (R$ 800,00), lastimável equivoco e que humilha arbitras que passaram por dificuldades durante a competição e literalmente amaçaram o barro e não vão ver o tijolo pronto. Elas realizaram uma competição impecável, agora são barradas na festa!
A postura da entidade representativa das árbitras não pode ser outra se não de repudiar tal atitude discriminatória.
Fontes que participaram da reunião descrevem que a equipe do Grêmio não fez objeções contra a participação das mulheres e se forem escaladas tem a decisão como justa.
Agora é esperar que nenhuma mulher ou homem, qualquer profissional de arbitragem faça parte deste ato discriminatório, dia triste para o esporte Gaúcho.
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