Crédito: Naiara Gresta/CBFS |
Em busca de uma conquista inédita. É assim que a Seleção Brasileira Feminina Sub-20 inicia definitivamente os trabalhos para a disputa do primeiro Sul-Americano da categoria, que ocorre em Assunção, no Paraguai, a partir do dia 15 de julho. A estreia das brasileiras será contra o Equador e, na primeira fase, ainda encaram pela frente Uruguai, Peru e Bolívia.
O fato de ser um torneio realizado pela primeira vez traz um pouco de dificuldade extra aos membros da comissão técnica. Observar o estilo das adversárias, por exemplo, é bem complicado, visto o pouco material disponível. Mas o treinador Márcio Coelho revela como vem coletando informações.
"Como não tivemos uma competição assim no feminino, tornou-se bastante difícil essa missão. Na maioria dos outros países não existe competição de base, mas procuramos informações e vídeos pela internet para observar. Conseguimos imagens do Equador, do Uruguai, e é assim, pesquisando, que conseguimos coletar os dados que necessitamos", explica.
Dentro do que foi coletado, Coelho já arrisca um palpite sobre uma seleção que poderá apresentar algo a mais dentre as que disputam o Sul-Americano.
"Acredito que o adversário mais difícil será o Paraguai por alguns fatores. Por jogar em casa, elas terão o apoio da torcida, algo que sempre contribui. Outro ponto para as paraguaias é o treinador, que ao que tudo indica é o Chilavert, o mesmo do adulto masculino. Assim ele pode trazer muito do conhecimento que aplica na modalidade e tirar um grande desempenho das atletas", diz.
Estratégias
Além de treinador na Seleção Sub-20, Coelho é auxiliar de Wilson Sabóia na Seleção Feminina adulta. Essa sintonia ajuda na implantação de um sistema único de trabalho dentro da Seleção Brasileira, contribuindo para a formação de atletas e para um trabalho mais completo, dentro e fora das quadras.
"No ano passado implementamos uma ideia de modelo de jogo com a Seleção adulta e definimos que manteríamos para o Sub-20. Em junho deste ano passamos por um período de treinos em Lages com as garotas, onde conseguimos por em prática aquilo que pensamos. Nosso tratamento, o modelo, a exigência, será tudo bem parecido nas duas categorias. Lógico, respeitando a diferença de idade e experiência das meninas, mas esperando sempre o melhor para o Brasil", pontua Coelho.
Nestes primeiros contatos do treinador com o grupo, Coelho acredita que tem em mãos um grupo qualificado, capaz de voltar com mais um título para a Seleção. Ele afirma que tentou observar o máximo possível de atletas, fechando a lista com jogadoras de qualidades distintas, mas que se completam dentro do jogo.
"Temos um grupo bem estimulado, que consegue absorver as informações em curto espaço de tempo. Tentamos agregar o máximo de características nas atletas, como com boas finalizadoras, jogadoras com bom passe, e aquelas que conseguem um grande desempenho no 1 contra 1. Precisamos dessa mescla para conseguir romper a estratégia das adversárias, que normalmente usam uma defesa baixa contra o Brasil. Assim, temos várias alternativas para aplicar dentro de uma partida", aponta.
Caminho das meninas
Após estreia contra o Equador no Sub-20, a Seleção volta a entrar em quadra contra o Uruguai, no dia 17 de julho. Nos dois dias seguintes as meninas ainda encaram Peru e Bolívia, fechando participação na primeira fase. Os detalhes da tabela você confere clicando aqui.
Via CBFS
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