Lateral-direita Giovanna, zagueira Kelly e lateral-esquerda Ana Maria Barrinha chegam dia 12/1
Na memória dos araraquarenses, 2014 será eterno. A Ferroviária/Fundesport disputou pela primeira vez a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro e venceu as duas competições. Conquistou a vaga brasileira para a Libertadores da América – o São José, atual campeão, também estará no torneio, e o País, caso seja sede, terá seu terceiro representante no sul-americano de clubes – e somou a pontuação máxima no Ranking da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), chegando à 11º posição – o clube ainda estava “zerado”, pois não havia participado do calendário da entidade nos anos anteriores.
Passada a festa histórica na Arena da Fonte após a vitória por 5 a 3 sobre o Kindermann (SC), numa partida que o técnico Douglas Onça definiu como antológica, a temporada 2015 chegou. E a Ferroviária pode ir até mais longe, já que, além das competições que disputou em 2014 – Copa do Brasil, Paulista, Jogos Regionais, Jogos Abertos e Brasileirão Caixa –, a equipe tem a possibilidade inédita de conquistar o continente.
O clube anunciou hoje (7/1) a contratação de três reforços – Kelly, Barrinha e Giovanna –, que se apresentam na próxima segunda-feira (12/1) com as demais 15 atletas mantidas no elenco (veja a lista no final da matéria).
A renovação das seis selecionáveis, Luciana (goleira), Tayla (zagueira), Monica (zagueira), Thaisa (volante), Maurine (meia) e Raquel (atacante), campeãs com o Brasil do Torneio Internacional de Brasília, em dezembro do ano passado, além da cotada Rilany (lateral-esquerda), que se recupera de uma lesão no menisco, dependerá da formação da seleção permanente, já divulgada pela CBF para 2015. A diretoria segue em negociação com a volante Bia, a meia Adriane Nenê e a atacante Rafela Travalão.
Seis jogadoras não terão seus contratos renovados. “A diretoria e a comissão técnica agradecem pela forma profissional com que elas se dedicaram ao time. Seus nomes estão gravados na história da Ferroviária. Mas os ajustes e reajustes fazem parte do futebol, é natural que existam alterações no elenco”, disse o diretor de Futebol, Danilo Zero.
A zagueira Marina, símbolo de técnica, garra e liderança, conforme ela já havia pronunciado, deixou os gramados após o Campeonato Brasileiro.
Quem chega
Kelly [Rodrigues Santana Costa], de 27 anos, é zagueira, mas, devido à mobilidade, pode ser aproveitada como volante. Começou no futsal do Juventus em 1998. Três anos depois, migrou para o campo da equipe. Ficou na Rua Javari até o final de 2005, quando foi contratada pelo Santos, clube que defendeu de 2006 a 2011.
Com as Sereias da Vila, comandadas por Marta, Kelly foi campeã paulista em 2007, 2010 e 2011, campeã da Copa do Brasil em 2008 e 2009, campeã da Libertadores em 2009 e 2010 e campeã do Torneio Internacional Interclubes em 2011, disputado aqui em Araraquara. “Conheço a cidade e gosto muito dela”, falou, por telefone, à assessoria de comunicação da Ferroviária.
Em 2012, Kelly foi para o Centro Olímpico e permaneceu na equipe paulistana até o final do ano passado. Tem passagem pela seleção brasileira sub-20, em 2005, quando foi convocada para amistosos.
“A Ferroviária vem numa trajetória crescente e eu enxerguei uma oportunidade para minha carreira. Era hora de mudar. Fui muito feliz no Juventus, no Santos e no Centro Olímpico e agora quero ser feliz em Araraquara”, comentou Kelly. “Em 2015, quero fazer novas amizades, aprender bastante, trabalhar bastante e, claro, jogar bastante”.
A lateral-direita Giovanna [de Oliveira], de 22 anos, que, a exemplo de Kelly, também pode atuar como volante, começou no Centro Olímpico, que defendeu de 2008 a 2011. “Nesse período, tive passagens por Portuguesa e Santos”, contou. Em 2012, trocou a grama pela quadra e disputou competições de futsal pelo São Bernardo. Voltou ao gramado no ano seguinte, jogando por Centro Olímpico e São Caetano. No ano passado, foi para o Ferencváros, da Hungria.
De volta ao Brasil, Giovanna vê na Ferroviária uma chance de alcançar visibilidade e retornar à seleção brasileira. Ela foi chamada de 2008 a 2012 para a seleção sub-20 – venceu o Sul-Americano de 2012 – e chegou a ser convocada, no início de 2013, para a seleção principal, com a qual treinou no Rio de Janeiro. Tem duas medalhas de bronze com a seleção brasileira universitária, nos mundiais de 2012 (China) e 2013 (Rússia). “Também quero dar mais títulos à Ferroviária, que vem crescendo muito nos últimos anos”, disse, de Recife, onde passa o final das férias.
Ana Maria Barrinha, de 27 anos, lembra o argentino Juan Pablo Sorín, que, apesar de atuar numa posição defensiva, sempre aparecia no ataque e tanto ajudava a criar como, de fato, marcava muitos gols. Pelo Rio Preto, seu clube de 2009, quando começou no futebol de grama, até 2014, a lateral-esquerda anotou sete gols no Paulista de 2010, 11 no de 2011, sete no de 2012, 12 no de 2013 (foi vice-artilheira, atrás da afeana Raquel, que fez 22) e 5 no de 2014. Foi artilheira da equipe na Copa do Brasil do ano passado, com quatro gols. E vice-artilheira da equipe do Brasileiro de 2013, com sete gols. “Ah, eu tenho um pouquinho de sorte”, brincou, dando risada ao telefone – ela falou com a assessoria de comunicação de Araçatuba, onde curte o resto das férias com a família.
Barrinha começou no futsal. De 2009 a 2014, disputou Regionais e Abertos por São José do Rio Preto nas duas modalidades, salão e campo. Indagada sobre qual prefere, não hesita, mas faz a ressalva: “Hoje, o campo. Se você me fizesse essa pergunta há três anos, eu responderia o futsal”.
Ela quase veio para Araraquara no ano passado. “Cheguei a conversar com o Douglas [Onça]. Estava praticamente tudo certo. Mas apareceu a chance de trabalhar numa academia de Rio Preto, e eu consegui conciliar as duas oportunidades. Aí, fiquei”. Barrinha é formada em educação física – licenciatura (2008) e bacharelado (2012). Atualmente, faz pós-graduação a distância (especialização) em Musculação e Qualidade de Vida, no Centro Universitário de Araraquara (Uniara).
No meio do segundo semestre de 2014, ela foi contratada pelo Kindermann (SC) para disputar o Brasileiro. Não marcou, mas ajudou o clube a avançar na competição e chegar à final.
Com a seleção, Barrinha disputou o Torneio Internacional Cidade de Brasília de 2013 – o Brasil foi campeão da edição. E, no começo de 2014, foi convocada para dois amistosos contra a Austrália, realizados em Brisbane.
Sobre sua vinda para Araraquara, a lateral artilheira afirmou que pensa em evoluir. “Percebi uma possibilidade de crescimento. Quero aproveitá-la”.
Quem fica
Bruna (goleira)
Amanda (goleira)
Daiane (lateral-direita)
Isabela (lateral-direita)
Giovanna (lateral-direita) – recém-contratada
Géssica (zagueira)
Kelly (zagueira) – recém-contratada
Ana Maria Barrinha (lateral-esquerda) – recém-contratada
Carol Melhado (volante)
Nicoly (volante)
Paty (meia)
Ludmila (atacante) – recupera-se de contusão; a previsão é de que esteja disponível para o segundo semestre
Dioneide (atacante)
Paula (atacante)
Tábatha (atacante)
Nayara (atacante)
Rafaela (“Mineira”) Cristina (atacante)
Thaíni (atacante)
Via: http://guerreirasgrenas.com.br/
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