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Favoritas se classificam com campanhas impecáveis

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Getty Images

 Pela primeira vez, a Copa do Mundo Feminina da FIFA abrirá suas portas para 24 seleções, em vez das 16 que disputavam o título até então. Naturalmente, além de reunir oito países a mais, esse novo formato tornou a classificação dos participantes menos aleatória. Assim, as forças tradicionais da zona europeia garantiram vaga no Canadá 2015 sem maiores dificuldades, enquanto as equipes que vêm em evolução constante há vários anos enfim tiveram a alegria de superar o obstáculo das eliminatórias, evitando que as grandes potências lhes barrassem o caminho.

Com isso, Alemanha, Inglaterra, França, Noruega e Suécia confirmaram seu favoritismo, ao passo que Espanha e Suíça ganharam a chance de disputar seu primeiro Mundial. Essas sete vencedoras de seus respectivos grupos terão ainda a companhia de uma oitava seleção, que sairá da repescagem a ser disputada em outubro e novembro entre as quatro segundas melhores colocadas. A seguir, o FIFA.com refaz o longo caminho que leva da Europa ao Canadá.

Veteranas irretocáveis 
Antes de a bola rolar, as principais seleções do continente já pensavam na classificação, mas esperavam ter que suar um pouco a camisa. No final, alemãs, inglesas, francesas e suecas terminaram as eliminatórias com campanhas perfeitas de dez vitórias em dez jogos, enquanto a Noruega sofreu sua única derrota na última rodada, quando já havia assegurado sua vaga com nove triunfos consecutivos.

Tamanha facilidade era esperada no caso da Alemanha, que, apesar das aposentadorias de jogadoras como Birgit Prinz e Inka Grings, soube se preparar para o futuro, tendo vencido a UEFA Euro Feminina 2013 e a Copa do Mundo Feminina Sub-20 da FIFA 2014. Mas as bicampeãs mundiais levaram um pequeno susto contra a Irlanda, garantindo a vitória por 3 a 2 no último minuto, após terem perdido o primeiro tempo por 1 a 0 e cedido o empate em 2 a 2 aos 44 da etapa final.

Outras transições de sucesso foram empreendidas por Inglaterra e França, que não acusaram nenhuma dificuldade após as saídas de seus históricos treinadores, Hope Powell e Bruno Bini. Com Mark Sampson e Philippe Bergeroo no comando, inglesas e francesas carimbaram o passaporte sem sustos e sofrendo apenas um e três gols, respectivamente, durante o torneio.

Quanto à Noruega, campeã do mundo em 1995, ela estará mais uma vez presente na Copa do Mundo Feminina, mantendo o hábito de participar de todas as edições. O mais recente sucesso é fruto do trabalho do técnico Even Pellerud, que soube montar um elenco mesclado, incorporando progressivamente jovens talentosas, como as irmãs Ada e Andrine Hegerberg, e ainda Caroline Hansen, jogadora de técnica perfeita e apurado faro de gol, à base formada pelas experientes Solveig Gulbrandsen, Ingrid Hjelmseth e Ingvild Stensland.

A Suécia também terminou as eliminatórias com 100% de aproveitamento, o que acabou sendo essencial para lhe garantir a primeira colocação do Grupo 4 à frente da promissora Escócia, que manteve as escandinavas sob pressão até a última rodada.

Estreantes quase perfeitas
Se, com exceção da Noruega, as seleções tradicionais venceram todos os seus compromissos, as novatas Espanha e Suíça foram quase tão impressionantes quanto, terminando ambas com nove vitórias e um empate e deixando para trás adversárias de respeito, como a Itália, no caso da Espanha, e a dupla Islândia e Dinamarca no grupo da Suíça.

Comandada pela alemã Martina Voss-Tecklenburg, a seleção helvética ainda realizou a proeza de ser a primeira equipe europeia a garantir vaga no Mundial. "Com esta classificação, conquistamos o respeito do mundo do futebol feminino internacional", disse a treinadora uma vez obtido o bilhete para o Canadá. "Ninguém achava que nos classificaríamos com tanta facilidade. Queríamos fazer bonito, tínhamos esse sonho e trabalhamos duro para realizá-lo." E foi em grande estilo que as suíças apagaram a eliminação de quatro anos atrás na repescagem.

Já a Espanha deixou para trás um passado em que o futebol feminino passou muito tempo lutando por um lugar ao sol. Agora, ela celebra o presente, simbolizado na classificação histórica para o Canadá 2015, e já vislumbra um belo futuro, após ter disputado a final da Copa do Mundo Feminina Sub-17 da FIFA 2014 na Costa Rica.

Essas sete seleções vencedoras de seus respectivos grupos se classificaram diretamente para o Mundial, mas ainda há um lugar disponível no avião que partirá da Europa rumo à América do Norte. As quatro melhores segundas colocadas, determinadas em função dos resultados obtidos contra as equipes que terminaram em primeiro, terceiro, quarto e quinto lugar em suas chaves, disputarão essa última vaga na repescagem dos próximos meses. Portanto, Holanda, Escócia, Ucrânia e Itália ainda têm chances de embarcar nessa viagem rumo ao outro lado do Atlântico.

Os destaques individuais
Se, por um lado, as holandesas devem se contentar com a presença na repescagem, por outro, elas podem continuar sonhando com a classificação, sabendo que têm no elenco a artilheira das eliminatórias. Viviane Miedema balançou as redes adversárias 13 vezes em apenas 623 minutos disputados. A francesa Gaëtane Thiney, a inglesa Eniola Aluko e a escocesa Jane Ross fizeram o mesmo número de gols, mas em 715, 741 e 881 minutos respectivamente.

Além de sua pontaria afiada, Thiney pôde contar com a precisão de Louisa Necib nos passes decisivos. A meio-campista do Lyon terminou em primeiro lugar no respectivo ranking, com 16 assistências, três a mais do que a suíça Lara Dickenmann. Logo atrás, ficaram as alemãs Dzsenifer Marozsán e Fatmire Alushi, com 12 e 11 passes concedidos nos 62 gols marcados pela seleção de Silvia Neid.

Por fim, Inglaterra, Suécia e Suíça apresentaram as defesas mais sólidas, que viram suas redes balançarem apenas uma vez ao longo de toda a competição classificatória.

O que eles disseram
"Já tive a felicidade de classificar minhas equipes para várias competições, mas o sentimento nessas horas é sempre o mesmo: fantástico." Even Pellerud, técnico da Noruega.

Fifa.com 
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